Só podia ser ela. Era a única que fechava atrás de si aquela porta, tal como eu gostava. E ela fazia-o. Esgueirava-se lá para dentro e fechava a grande porta preta. Eu ria-me, parecia que me adivinhava. A grande porta preta ficava ali mesmo, intacta. Impondo todo o seu respeito. E não se ouvia o mínimo barulho, o mais pequeno som. Toda a casa era silêncio. E eu esperava. Esperava até ouvir o som da grande porta preta a abrir-se novamente, devagar. Como só ela fazia. Devagar, muito devagar, assegurando-se de que nem o Sr. silêncio a poderia denunciar. Esperava, só para ver a sua cabeça inclinar-se, ao sair por entre a grande porta preta enquanto que duas madeixas de cabelo caiam distraidamente sobre os seus grandes e vivos olhos. Esperava o tempo que fosse preciso para lhe ver mais uma vez aquele doce sorriso que me convidava finalmente a entrar.
quinta-feira
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de nada :)
ResponderEliminarescreves lindamente
oh obrigada :$ mas tens uma escrita tão profunda e pessoal, é linda
ResponderEliminarmadu pareces tão simpática *.*
ResponderEliminaro que eu disse é verdade, tens uma escrita só tua, do género de ler e identificar se são ou não textos teus :)
só podia ser ela.
ResponderEliminaras tuas palavras são mágicas.
tão ou mais importante que outro qualquer mundo menos morto. é nosso, nos somos dele, do mundo.
ResponderEliminarja tinha saudades de passar por aqui :)
ResponderEliminarTu és fenomenal a escrever… tens imensa maturidade e dominas o significado das palavras… estou muito impressionado…
ResponderEliminar(www.minha-gaveta.blogspot.com)